Lítico
Quem passa por ele
não entende quantos caminhos
para o mesmo quarto sem janelas.
Quem passa por esta rua
não entende por que ele tem
o meu nome e os meus sonhos
(e o passado às vezes vale menos
que seus delírios sem sentido).
Quem passa por aqui não sabe nada,
vê só um trapo sujo,
restos do rosto
de um homem grotesco chorando.
não entende quantos caminhos
para o mesmo quarto sem janelas.
Quem passa por esta rua
não entende por que ele tem
o meu nome e os meus sonhos
(e o passado às vezes vale menos
que seus delírios sem sentido).
Quem passa por aqui não sabe nada,
vê só um trapo sujo,
restos do rosto
de um homem grotesco chorando.
3 Comments:
Como diz o Guilherme Pavarin: ficou do caralho!
A imaginação me parece a única via para o passado. E este acesso é de natureza completamente alucinatória...pensar o passado é alienar-se, acho. Pensar o presente me parece difícil, encarar o que se é, sem outras referências temporais...
Ah, isto não foi uma crítica ao texto, que achei belo. Estas idéias sobre pensar a duração, o tempo, há muito têm me assombrado e seu texto me fez lembrar disso.
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